quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Dia 1 - Linda-a-Velha - Estarreja - S. Jacinto

Sexta-feira, dia 30 de Agosto de 2013



Kms dia:     35,3
Acumulado: 35,3
Custos:       52€



Começámos o dia tranquilos. Afinal para se circular de regional em Portugal há que escolher a sexta-feira e o nosso comboio só saía perto do meio-dia em Sta Apolónia. Deu para acordar, vestir, tomar o pequeno-almoço, arrumar as últimas coisas sempre com calma.

Arrancámos até Algés sem confusão na estrada, apanhámos o comboio (com muitas dificuldades, desde na compra de bilhetes até à entrada nos torniquetes) até ao Cais do Sodré e depois seguimos até Sta Apolónia.

Á porta de casa

No urbano de Cascais

Cais do Sodré

Já em Sta Apolónia, aproveitando para brincar 
enquanto eu comprava o bilhete

Com as biclas já no Regional

O bilhete já (não sei desde quando) se compra na bilheteira e não ao revisor dentro do comboio. E é também possível comprar o bilhete para o percurso na integra! O bilhete de Lisboa até Estarreja ficou em 22,25€ e custou metade para o Gustavo. 

Alguns melhoramentos da CP na sua relação com os clientes que circulam de bicicleta. (Ainda falta o aumento de espaço para bicicletas, a possibilidade de circular nos intercidades e Alfa sem desmanchar, mais e melhores horários, site mais intuitivo, etc.)

Fomos a jogar o tempo todo. Inventamos jogos de cartas, de lógica, memória, mímica, etc. 

A primeira paragem foi no entroncamento onde trocámos para um interregional. Aqui entrou outra viajante de bicicleta, a Uli que curiosa com os jogos que jogávamos quis entrar no vício do Gustavo.
A Uli teve a estudar na Nova, no Monte da Caparica e agora seguia para a sua terra Natal, a Alemanha. Não antes, sem viajar de bicicleta do Porto, onde um amigo a esperava, até ao País Basco onde apanharia um avião.

Paragem no Entroncamento

A Uli já no vício

As 3 bicicletas no "combíbio"

Mais vício, agora com cartas...

A Uli seguia para o Porto e nós saíamos em Estarreja. 

Ainda deu para vermos uma partida 
pregada a um desgraçado que ia a dormir.

TCHARAM...Estarreja e o seu apeadeiro sem rampas!

Descer do apeadeiro de Estarreja foi um pain in the ass com a Xtracycle. Há apenas um elevador onde cabia a pokémon, a Xtra foi pelas escadas. 
Ainda andámos por ali meio perdidos mas logo apanhamos o caminho para a Murtosa. 

A escolha de Estarreja teve a ver com esta quase "mítica" terra, onde muita gente pedala, as escolas dizem ter os estacionamentos repletos de bicicletas, velhos, novos, doutores ou agricultores pedalam. Queríamos ver com os próprios olhos.

Há uma ciclovia desde Estarreja até à Murtosa

Já na Murtosa, os passeios são ciclovias gigantes

Intercaladas com uns passadiços de madeira

Pensava que existia mais promoção à co-existência 
entre bicicletas e automóveis, 
mas o desenho das ciclovias é standard

Passando de unidireccionais, a bi-direccionais, 
vermelhas a pretas, com pouca informação dedicada.

Uma das muitas scooters eléctricas com pedais

O que mais nos impressionou foi o número de scooters eléctricas com pedais, das que se vêm à venda em supermercados. Existem aos magotes e circulam sempre com punho a fundo (nos 25Km/h portanto). As pessoas passam da via para a ciclovia a velocidades loucas, andam 2 e 3 nestas máquinas, têm cadeirinhas como se bicicletas se tratassem. Parecia o caos de Roma (não em número óbvio) mas com motas quase silenciosas. 
A referência ao emigrante é notória, desde a toponímia às inúmeras bandeiras canadianas e americanas nos jardins das vivendas. 

Sentíamos um vento de norte a soprar forte e apesar de querermos visitar a zona mais perto da ria, decidimos seguir para a península de S. Jacinto. Afinal aí íamos ver ria até fartar.

Não se nota, mas está uma nortada a soprar com muita força

A ponte para a península.

Já do outro lado da Ria, com o vento pelas costas

Uma limousine (a sombra) e outra branca lá ao fundo ;o)

Perto da Torreira, uma zona bem engraçada.

O Gustavo queixava-se de que lhe custava muito. Realmente, estava com uma média muito baixa comparada com o ano passado. Mas como apanhámos uma nortada forte dei de barato. Quando chegámos à Torreira e o ritmo baixo continuava comecei a estranhar. Parámos para beber água e descansar e fui verificar a Pokémon. A roda de trás estava "perra". Tirei-a e tentei verificar o que tinha e parecia que o eixo tinha empenado. Daí a lentidão do Gugas. 
Perguntei a locais se existia alguma oficina por perto e reencaminharam-me ou para a Murtosa (andar para trás) ou para a Gafanha da Nazaré (para a frente e depois de atravessar a ria de Ferry). Decidimos continuar. Fomos a custo até ao primeiro parque de campismo que encontrámos (orbitur). Chegámos já de noite e cansados, mas confiantes de que tinhamos um bom avanço para amanhã chegarmos à Gafanha a tempo de apanhar uma oficina aberta. 

Pelo caminho apanhámos muitos pescadores, muitos campistas (barraquistas?) selvagens e à medida que nos aproximávamos da reserva natural das dunas de S. Jacinto o investimento na manutenção da estrada e bermas parecia diminuir a olhos vistos.

 
A roda já travava sozinha por esta altura

O sol a pôr-se do lado do mar, 
no local onde tentámos arranjar a roda empenada



No camping, a jantar umas lulas com puré

A moral recuperada

A leitura noturna já na tenda


No parque de campismo pediram-nos uma taxa de alojamento (0,5€) que é cobrada pelo município de Aveiro. Ainda perguntei se seria pelo facto de estarmos numa reserva natural, mas não, cobram a todos os que pernoitam no concelho. 
Montámos campo num ápice, tomámos banho e fizémos jantar: Lulas guisadas com puré de batatas. (a ver se me lembro de criar uns posts com receitas "on the road"). 

Xixi, cama que amanhã temos um dia longo pela frente. Ligámos para casa e a Cristina fez um apelo no FB a perguntar por oficinas abertas na Gafanha. A ajuda em rede apareceu rápido e tenho que agradecer à Mafalda por nos ter dado logo a morada de 3 oficinas. 

Vai tudo correr bem.
Boa noite

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Introdução                                                                                     Dia 2


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