sábado, 6 de fevereiro de 2010

Além Tagus dia 4




29 dez 1994

Último dia (Bem que podiam ler o primeiro dia de trás para a frente que era mais simples para nós). orierraB o arap aprovÉ ed oiobmoc o somáhnapA. (isto é para não serem preguiçosos) osssaP od orierreT oa éta ocrab O.

Seguimos montados até Linda-a-Velha sob chuva intensa, com o piso escorregadio (que o diga o Rafa), e muito trânsito. Chegámos por volta das... Ups, o meu relógio não é à prova de água, mas chegamos chegámos cedo e encharcados até aos ossos inclusive.

Achámos que sim. Foi YA, devia ser mais. Estamos de parabéns. As bikes Ya, resumindo foi uma actividade espectacular e altamente enriquecedora, pois ficamos a dominar algumas técnicas de ciclo-turismo e o mais importante ficamos com uma ideia positiva sobre o Alentejo, e das suas gentes. E o galo voltou a cantar...

INFO: D.P.: 21 Km
Vel. max.: 33 Km/h

Viagem total
INFO: D.P.total: 191 Km
Vel. media: 22 Km/h

Além Tagus dia 3

28 dez 1994
Acordámos (a sério?) e dirigimo-nos para Évora, com a promessa de voltarmos a Viana.


De caminho visitámos a igreja de Nossa Senhora de Aires, Santa milagreira, onde agradecemos por ainda não termos malhaaaaaaadoooooooo.... Eu e a minha grande boca.


Fomos visitar, alguns Kms à frente uma falha geológica rara, um registo da evolução lenta da crusta terrestre (afinal não é só no Alentejo que as coisas são lentas). Pedalámos, pedalámos, pedalámos, pedalámos, pedalámos, pedalámos, pedalámos, pedalámos, pedalámos, bloqueou, pedalámos, pedalámos, pedalámos, a tecla está embrocada, pedalámos, pedalámos, pedalámos, pedalámos, esta cena atrofiou toda, pedalámos, pedalámos, pedalámos, pedalámos, desliga o computador pedalámos, ah, assim está melhor, como estava a tentar dizer nós pedalámos, pedalámos, pedalámos, e finalmente avistámos Évora por um canudo (é mais Braga, mas pronto).



Parámos para almoçar à sombra de um chaparro, e visitámos um hangar no aeródromo de Évora. Andámos de Ultra-leve (groupes) e de avião (idem, idem, aspas, aspas).
Em Évora arranjámos poiso na sede do agrupamento 37 (nosso velho conhecido) onde pudemos tomar um granda banho de água quente em vez do tradicional "atira com o alguidar de água gelada" e o "tenho estalactites no sovaco".



Depois de recompostos fomos dar uma voltinha pelos restaurantes tradicionais do centro de Évora (tascas baratas que a vida tá negra), e fomos dar uma volta na praça do Giraldo. Ainda que estivéssemos com disposição de andar mais 200 Km (no mínimo (eu sei que tu és mais mentiroso e mesmo assim não mentes mais, mas siga)) fomos para o conforto da sede do 37, (um bocado maior que a nossa (só um bocadinho)) chonar.



INFO: D.P.: 40 Km
Vel. max.: 53 Km/h

Além Tagus dia 2

27 dez 1994

Eram 5:00 da madrugada e o galo cantou.
Vocês já conhecem a história toda por isso...eram 10:30 da madrugada e partimos para mais uma aventura dos famosos 5.

Pedalámos para as ruínas de S. Cucufate (estas ainda existiam), que no tempo dos romanos eram termas, agora não passavam de calhaus mal aproveitados. Seguimos para Vila Alva e o seu Castelo Altaneiro que nunca teve, onde recuperámos as forças para empreender o que iria ser o maior desafio físico até então, TCHAM TCHAM TCHAM TCHAAAAAAM (os tambores a rufarem), a subida até Alvito. Cerca de 15 Km com uma inclinação de 8% feitas a uma média de pelo menos 50 cm/h, senão mais rápido.


Pausa para almoço no Alvito, onde nos confrontámos com um gang de Bikers local, denominado DVAGARISEVAIAOLONJI, que nos demonstraram toda a sua categoria em ir ao tapete e os melhorzinhos até conseguiam andar em linha recta. Espantados com a qualidade do show (ainda por cima grátis) desandámos para Viana do Alentejo e o seu castelo altaneiro (que por acaso até existia). Chegamos por volta das 5:00 da tarde e fomos calorosamente recebidos pelos escuteiros locais. Montámos o campo na sede, generosamente oferecida pelo padre daquela paróquia, fomos às compras e depois... MEN JUST WANNA HAVE FUN (Tradução: Os Gaiatos querem é divertir-se).


Fizemos o reconhecimento da vila, fizemos rappel na torre mais alta do castelo, (alguns mais destemidos fizeram-no à australiana), e mais à noitinha fomos fazer uma visita de interesse arqueológico às catacumbas de Viana.
Ainda mais à noitinha jantámos. Ainda, ainda mais à noitinha, fizemos uma joga de UNO (prometemos que só apostámos pevides). Ainda, ainda, ainda mais à noitinha (já parece a história do galo (por falar nisso, aonde é que anda o galo)) tivémos uma conversa tipo "A noite dos mortos vivos" ou "Sexta-feira 13" sobre as actividades destes escuteiros alentejanos.
Ainda, ainda, ainda, ainZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ Ronc fiuu, Ronc fiuu (X montes de vezes) (BIS)


INFO: D.P.: 52 Km
Vel. max.: 51 Km/h

Além Tagus dia 1

26 Dez 1994

Eram 5:00 da madrugada e o galo cantou, e os famosos 5 viraram-se para o outro lado. Eram 5:15 da madrugada e o galo cantou, e os famosos 5 aconchegaram os lençóis. Eram 5:30 da madrugada e o galo cantou, e as mães dos faosos 5 aconchegaram os lençóis. Eram 5:35 da madrugada, o avô de um dos 5 roncou, acordou a avó, que deu uma cabeçada no penico, saiu-lhe a dentadura, que mordeu o gato, que arranhou o tio, que chumbou a tia, que com os berros acordou a prima, que puxou o lençol ao primo, que deu uma estalada no pai, que beliscou a mãe, que... e o galo cantou.



Eram 5:40 da madrugada e o galo não cantou, e os famosos 5 acordaram. Eram 6:00 da madrugada, o Panão que não conseguia mexer os dedos, foi chamar o Gonçalo que tinha ido buscar o avião ao aeródromo. Encontraram-se com o Rainha que nada tinha e mais tarde com o Rafa, que vinha a todo o "gás", aquecendo a brisa gelada da manhã, ,La La La... La La La...(adaptado de "Brisa do Mar"), e o galo cantou. De repente, ofuscados pelo brilho da luz do sol das 6:15:03 da manhã, reflectida nuns óculos da Raibã, avistaram um gaiato a pedalar numa Marin do Continente (PUB). E o Grilo cantou. Os Xinco Fininho (adaptado de Rui Veloso) abalaram a bem dizer e o galo cantou. No Terrêro do Passso enjorcaram, a bem dizer, um cafezinho coooooooom lete (vibrato). Os 5 navegantes, navegavam no lodo espesso, límpido, cristalino e navegável do navegável rio Tagus, até, ao Alentejo (Barrêro).




Seguiram de comboio para Beija, e o galo cantou. Arranjaram as suas "meninas" e montaram-nas de seguida até às ruínas Romanas, que de tão arruinadas que estavam nem se viam. E o galo chumbou e a gala cantou. De volta a Beija, visitámos o pelourinho, a estátua da rainha D. Leonor, o castelo e a Sé.. Basámos para RABOba (Cuba), onde foi feito um inquérito gastronómico à população local. Ups, o galo basou.

Falámos com o pessoal do 755 de Cuba e mais tarde com o 889 de Neves, agrupamentos muito "activos", a bem dizer. Abalámos para Vila de Frades, onde visitámos um relógio romano de 1890, segundo um guia turístico bem atestado de Trotil, o bagaço que é uma bomba (PUB). Rumámos a OLHEIdigueira (Vidigueira) e visitámos a estátua de Vasco da Gama, e passámos, o resto do dia e noite à procura da "Pensão" da Lena que tinha acessos chumbados como tudo. Mas nada melhor do que um jantar quentinho e chonar ao lado da lareira.



INFO: D.P. (distancia percorrida): 78 Km
Vel. max. (velocidade máxima adquirida): 46 Km/h

Além Tagus 1994

Tirado do fundo do baú, o relato e umas fotos em papel da minha primeira viagem de bicicleta (pelo menos digna desse nome).

Foi em 1994, um projecto da eq. Fernão Magalhães do clã 45, a saber eu, o Rafa, o Mike, o Panão e o Grilo que pegaram numas biclas e numas mochilas e lançaram-se Além-Tagus fora. O Paulo e o Brragança ficaram por casa. Foi de Inverno, dois dias após o Natal e a aventura durou 3 ou 4 dias.

O percurso foi mais ou menos este:


Ver Além-Tagus 1994 num mapa maior